
HÁBITOS
“Não deixe para à tarde o que puder realizar pela manhã”
Como realizar esta frase aparentemente tão simples.
Todos os setores da vida necessitam da aplicação desta frase: reeducação alimentar, freqüência de uma atividade física, novas leituras, aprendizado de um novo idioma, de um novo hobby, como bordar, tricotar e tantas outras coisas.
“Não deixe para à tarde o que puder realizar pela manhã”. Como realizá-lo
Vamos rever nossos hábitos atuais e entendê-los melhor. Primeiramente o que é um hábito
O hábito é uma disposição, que depois de adquirida, torna-se duradoura, e consiste em reproduzir os mesmos atos ou em sofrer as mesmas influências.
Diferentemente do instinto, que é algo inato, o hábito é algo adquirido.
Acredita-se que a repetição é a criadora do hábito, mas na realidade a repetição reforça o hábito, não o cria.
Na primeira vez que um ato for realizado, está criada uma possibilidade e a repetição irá servir para reforçá-lo como ato.
Qualquer sistema de trabalho, qualquer ação realizadora é permeada por uma série de hábitos adquiridos através de uma longa aprendizagem.
Todos os hábitos contêm dentro de si a repetição, metas a serem atingidas e o fortalecimento da vontade.
A repetição, ao atingir o grau de hábito, traz consigo uma “aparente” automatização, que permite à consciência, sua aplicação em outros aspectos da vida, favorecendo o progresso da própria atividade.
Por exemplo:
Ao vermos um pianista tocar sua música, aprendida através do exercício de seu dom ao longo dos anos, com a repetição de suas notas, temos a “impressão” que executa sua obra sem a necessidade de ter a consciência de cada movimento de seus dedos, mecanizando-os; porém, a sua consciência surge na hora e momento em que o pianista desejar.
Deste modo, o hábito não é uma ação que favoreça a mecanização; apenas permite que a consciência naquele momento esteja voltada para outro ponto, até que seja chamada de volta.
A repetição das disposições é necessária para tornar-se duradoura. Porém como em todas as coisas do universo, são regidas pelo positivo e pelo negativo; daí a necessidade de se conscientizar e focar, quais são as nossas necessidades e como estão atreladas a bons ou maus hábitos, nos lembrando que tanto uns como outros permanecem através da repetição.
A essência floral que lida com as repetições chama-se
Chestnutbud – “Dificuldade no aprendizado por não perceber que sempre se tropeça na mesma pedra e se comete os mesmos erros, por meses, dias, anos ou por toda uma vida”
É o caso da moça que se separa do marido por ser alcoolista, e que na segunda, terceira união se casa com um homem de mesmo perfil, que bebe exageradamente.
Isto mostra que a primeira experiência não foi suficiente para aprender, pois passou rapidamente por ela sem tomar consciência da sua existência. Esse é o perfil daqueles que necessitam deste floral, típico da frase: “Já vi este filme”...
Para a repetição de maus hábitos, o Chestnutbud nos dá a consciência de que esta repetição é prejudicial, abrindo as possibilidades para bons e salutares hábitos.
Naturalmente todos nos encaixamos na dificuldade de algum aprendizado, portanto, ao errarmos é útil notar-se se é a primeira vez, ou se já cometemos o mesmo erro, com uma roupagem diferente, através da aquisição de um hábito inadequado, e nos valer dessa nossa consciência.
Cida Arruda